20071219






"A figura de um contador de histórias sempre será uma figura mágica, encantadora e que nos transporta a outras realidades. O tempo passa e os narradores de histórias vão se transformando e se distinguindo dos narradores tradicionais, no entanto a magia do “Era uma Vez...”, não perde a amplitude imaginária que exerce sobre a platéia.”

Patrícia Lane
(Contadora de Histórias)




Por que Contar?

Falar sobre a importância de se contar histórias pode parecer, à princípio, “chover no molhado”, no entanto, com o passar do tempo, perdeu-se o hábito de contar histórias e, em tempos de globalização, as crianças trocam os livros pelo computador e outros jogos eletrônicos. Quase todo mundo lembra (e com prazer) da época em que ouvia atentamente, antes de dormir, historinhas contadas por seus pais. Eram eles que, geralmente, adaptavam contos e histórias clássicas ou simplesmente inventavam sagas fantásticas que duravam apenas alguns minutos.

Hoje em dia são os professores, os bibliotecários e os contadores de histórias profissionais (e amadores) que assumiram esta tarefa de manter acessa a chama da “oralidade”. E por que não “atores” realizarem, também, este trabalho? Ora, a oralidade é umas das ferramentas da atuação. O encantamento produzido na platéia aos assistir um espetáculo teatral pode também ser obtido utilizando o mínimo de recursos e abrindo-se mão da “quarta parede” e da caixa cênica do teatro italiano.

Dando continuidade à sua pesquisa sobre as distintas formas teatrais e ocupação de espaço a Téspis Cia. de Teatro envereda pelos caminhos da contação de histórias.


O que contar?

Os contos de fada e os contos populares quase sempre são unanimidade nos espetáculos e sessões de contação de histórias. Na busca de uma identidade nessa área de nosso trabalho foi imprescindível que tivéssemos começado por eles, mas “sempre existe um sapato velho para um pé cansado” e nós também encontramos o nosso.

Didier Lévy reconstrói (ou seria desconstrói?) um novo mundo de cotos de fadas e princesas, brincando, de maneira bem responsável, com clichês, esterótipos e arquétipos. “Revela” alguns segredos dessas famosas personagens nunca antes contados. Por exemplo: como elas fazem para manter um sorriso sempre lindo? E será que elas sempre preferem aqueles vestidos longos cor-de-rosa, ou algumas gostam mais de vestidos azuis, bem curtinhos? E o que fazem as fadas quando estão com preguiça e não querem saber de feitiços? Entre um conto e outro, descobrem-se informações pouco conhecidas, mas preciosas, sobre o mundo dos contos de fadas, aproximando-o das crianças e tornando-o mais concreto.

Nosso espetáculo de contação tem (até o momento) em seu repertório as seguintes histórias:
* As maravilhosas invenções da Fada Raimunda.
* Como a Princesa Constância perdeu seu Reino.
* O desaparecimento da Princesa dos Saleiros.
* O dia em que a Princesa Cactéia quis voltar para o deserto.

Estão sendo preparadas outras histórias que passarão a fazer parte do repertório e podem entrar e sair do “cardápio” das apresentações.



E aí, como ficou?

Unindo o trabalho da Cia. com a contação de histórias, pesquisamos várias maneiras de realizar este trabalho: a animação de objetos, bonecos de figura, ilustrações, quadros animados, etc.

Nosso intuito é realizar uma contação de história divertida, sem preocupar-se com o resgate e/ou trazendo um saudosismo exacerbado. Tentamos mostrar às pessoas o quanto legal pode ser um livro, fazer com que elas descubram o prazer pela leitura e exercitem sua criatividade. Que elas leiam os clássicos, mas que também descubram que há muitas outras leituras possíveis. Que elas descubram nosso folclore, mas que também viagem pelos universos cibernéticos da atualidade. Que elas descubram que existe uma grande diversidade no mundo, nem mesmo as fadas e princesas são como eram antigamente, imagine nós!!!!

Onde já foi apresentado?

Além de apresentações em escolas e instituições em Itajaí e região, nós já estivemos passando também por:
- Temporada em Portugal, apresentando-se em 06 cidades da região do Minho em 2008;
- Dia de Fazer a Diferença, Fpolis em 2008.
Como é que eu faço para ver?

O espetáculo praticamente não precisa de estrutura para ser apresentado. A atriz Denise da Luz conta as histórias e Max Reinert a auxilia operando a sonoplastia e outras coisas mais... O espaço é uma sala ampla, de acordo com a expectativa de público com, no máximo, 200 pessoas.